segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O BATISMOS DE JESUS CRISTO


Estava imaginando se o batismo de Jesus fosse passado nos dias de hoje e imagino que daquele amontoado de pessoas ao redor do Rio Jordão todos querendo passar na frente, alguns precisando voltar logo pro trabalho, outros tinham deixado os filhos com um amigo só pra ir ali rapidinho, surgiria alguém para ajudar João Batista na organização, e vamos dar a essa pessoa o nome de Valter. E eis que a cena se passa da seguinte forma:
Valter começa a organizar o pessoal em fila indiana e com um piloto e etiquetas na mão ele vai anotando o nome e o principal pecado no adesivo e colando essas etiquetas as pessoas. E na fila ele faz as seguintes perguntas:
Nome? Principal pecado?
E a fila segue respondendo:
-João. Assassinato.
A fila vai se formando de Ana Fofoqueira, Marcos Mentiroso, Mariana Adulterá, Tiago Ladrão, Otávio Vaidoso, Fernando Avarento e assim vai seguindo até que ele chega em um rapaz que ele pergunta o nome e o rapaz responde:
-Jesus.
Valter diz:
-Jesus qual seu principal pecado?
O mesmo responde:
-Nenhum!
Valter fica nervoso e diz:
-Jesus o negocio aqui é serio, não tenho tempo para brincadeiras, me diga qual o seu pecado?
Mais uma vez ouve a mesma resposta:
-Nenhum!
Ele diz:
-Mas Jesus, eu preciso colocar alguma coisa na sua etiqueta, então me fala um pecadinho que seja.
E mais uma vez ele escuta a mesma resposta:
- Nenhum!
Então ele pergunta a Jesus:
Se você não tem pecado, então porque deseja se batizar?
E Jesus fala:
João querido, vem cá, tira a etiqueta da camisa de João e cola em si, Ana vem cá e faz a mesma coisa, seguindo por Marcos, Mariana, Tiago, Otávio, Fernando, Anderson, Josiel, Tomaz, Erick, Fabiana, Patricia, Gabriela, Marcela, Cesar, Julia, Jorge, Pedro, Valter, então faz o mesmo com a minha e a sua etiqueta, pegou todas e as colou em nEle. E então olhou para Valter e disse:
Agora eu posso me batizar?
João Batista vendo a cena, olha e fala:
-Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" (João, 1:29).

Relato feito por Dom Paulo Garcia, Arcebispo da Igreja Episcopal Anglicana do Recife

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